A publicação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresenta as condições de emprego nas Pequenas e Médias Empresas (PME) da América Latina e Caribe, apontando a relação entre a qualidade de trabalho e o desenvolvimento econômico nesses países. Atualmente, essas empresas compõem a maior parte dos empreendimentos da região. Elas geram 47% do total de empregos, abrangendo cerca de 127 milhões de pessoas. Os trabalhadores autônomos também ocupam parcela significativa, compondo 28% das ocupações. O predomínio destes dois tipos de trabalhadores, e a falta de empresas médias é uma barreira ao crescimento da produtividade, assim como de empregos de qualidade.

A estrutura produtiva regional se caracteriza por unidades econômicas compostas de trabalhadores autônomos e micronegócios, assim como ausência de empresas médias. Dessa forma, a maior parte da força de trabalho atua em setores abaixo da média de produtividade da região e, somente 20% concentra-se em setores acima da média de produtividade. Isso se traduz na acentuação de desigualdade no mercado de trabalho e consequentemente, na região. A América Latina e Caribe apresentam um dos maiores índices de desigualdade do mundo. Nos últimos quinze anos, a área apresentou seu maior crescimento econômico, no entanto não foi possível contornar o problema da desigualdade.

O documento analisa, a partir de dados recentes, as principais características produtivas, de emprego e condições de trabalho das PME. A fim de alcançar um desenvolvimento sustentável e inclusivo na região, é necessário que as políticas de mercado, trabalho e desenvolvimento produtivo sejam eficientes. Espera-se que com políticas mais efetivas, possa se estabelecer trabalho decente no setor dos pequenos negócios, promover um ecossistema empresarial que elimine barreiras ao crescimento de empresas medianas, resultando na redução da informalidade e promoção da formalização.

Serviço

Publicação: Pequenas empresas, grandes brechas: emprego e condições de trabalho na América Latina e Caribe (Espanhol)

Autor: Organização Internacional do Trabalho (OIT)

Ano: 2015