Redes Industriais – cooperação para a competitividade

Política que visa aumentar a competitividade do país por meio de redes industriais formadas por empresas de pequeno e médio porte em parceira com universidades e instituições de pesquisa

Visando promover o apoio ao desenvolvimento e à fixação de redes industriais em torno de grandes empresas, o Governo do Japão, por meio do Ministério de Economia, Comércio e Indústria do Japão (METI – Ministry of Economy, Trade and Industry) desenvolveu programa que promove a cooperação entre agentes econômicos locais, que possuem complementaridades em termos de tecnologia e necessidades, para criar e fortalecer redes de inovação industrial.

Nome: Redes Industriais

Proponente: Ministério da Economia, Indústria e Comércio do Japão (METI)

Setor/Segmento: Governo

Contexto Geográfico: Japão

Referência Temporal: desde 2001

Historicamente, a formação das redes industriais está relacionada ao avanço da urbanização e à concentração de trabalhos na periferia das cidades. Vários fatores influenciaram ou impulsionaram a política de redes industriais do Governo do Japão, em especial, o sucesso das redes de manufaturas e pequenas empresas de tecnologia.

As ações deste programa podem ser divididas em três categorias:

Cooperação: Suporte à interação entre indústria, academia e governo, principalmente por meio de pesquisas científicas e tecnológicas, executadas por instituições acadêmicas e financiadas pelo governo, atendendo às necessidades das pequenas indústrias.

Tecnologia: Suporte ao desenvolvimento tecnológico com aplicações práticas regionais, que se dá especialmente por ações de treinamento e certificações tecnológicas.

Capacitação: Treinamento empresarial em marketing, negociação, elaboração de contratos, entre outros temas relacionados à gestão.

Entre 2001 e 2005, o Governo do Japão lançou cerca de 20 projetos e trabalhou em colaboração com as redes industriais desenvolvidas pelos governos locais. Nesta fase, 59% das empresas das redes apoiadas lançaram novos negócios; 39% participaram de projetos cooperados; e foram criadas 133 empresas oriundas de universidades.

Entre 2006 e 2010, continuou-se promovendo a formação de redes ao mesmo tempo em que se promovia o desenvolvimento de empresas específicas. Em 2010, o plano tornou-se autossustentável, dispensando o financiamento governamental.

Entre 2011 e 2020, a formação de redes e o desenvolvimento de negócios específicos continuará junto com atividades para o alcance da independência financeiras e o crescimento autônomo desses clusters.

Hoje, as redes industriais atendidas incluem 5.800 pequenas empresas e mais de 220 universidades, com resultados significativos relacionados ao aumento do volume de produtos lançados pelas empresas dos clusters, à maior participação das indústrias em projetos cooperados, e ao aumento do número de empresas nascidas de universidades (spin offs);

Entre os fatores que motivam o estudo do programa redes industriais do METI com vistas à sua replicação no Brasil, destacam-se: o fato de o programa ter sua origem em credes compostas por empresas de pouco valor agregado, que se transformaram em empresas de alta tecnologia; a atuação positiva de grandes empresas, que apoiaram as pequenas e impulsionaram a formação de demanda por produtos inovadores; o fato de o programa ter se tornado autossustentável.

Baixe aqui o resumo da “Prática” no formato PDF

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