MOOCs – fomento à inclusão educacional por meio da internet

Solução que visa democratizar o acesso à educação de qualidade e segue tendência de uso de plataformas online e de inteligência artificial para capacitações a distância

Nos Estados Unidos, o alto custo de cursos de graduação é alvo de críticas devido ao impacto no orçamento de famílias e do próprio governo, um dos principais financiadores de empréstimos estudantis. A busca por soluções a distância para promover maior inclusão educacional é um caminho adotado desde os anos 1990, com base em tecnologias de oferta online e na combinação de elementos como acesso a professores de universidades de ponta e interação entre os participantes.

Diante desse cenário, o professor da Universidade de Stanford, Sebastian Thrun, fundou a startup Udacity que promove Cursos Online Abertos e Massivos (MOOCs – Massive Online Courses) que oferecem aulas online gratuitas, ambiente de interação entre participantes e ferramenta de recrutamento de talentos.

Nome: Cursos Online Abertos e Massivos (MOOCs – Massive Online Courses)

Proponente: Udacity

Setor/Segmento: Educação

Contexto Geográfico: Mundial

Referência Temporal: desde 2012

A busca por soluções a distância para promover maior inclusão educacional é caminho adotado desde os anos 1990, com base em tecnologias de oferta online e na combinação de elementos como acesso a professores de universidades de ponta e interação entre os participantes.

Entre as empresas que investiram nesta tendência está a startup Udacity, que inova pela combinação de oferta de serviços que geram capacidade de transferir custos tradicionalmente destinados a estudantes para instituições e futuros empregadores, alinhando os estudantes às vagas por meio de banco de dados online e ações individuais, como exames supervisionados presenciais pelo mundo.

A plataforma oferece cursos gratuitos de sete semanas, que podem ser iniciados a qualquer momento. No portfólio há, por exemplo, curso sobre como criar startups.

A Udacity estabeleceu parceria com a Universidade do Colorado e com a Universidade de San Jose para o aproveitamento de cursos online como crédito para disciplinas a um custo de cerca de 10% da opção presencial (cursos de 100 a 150 dólares).

Além disso, oferece a possibilidade de os estudantes certificarem sua participação em cursos online pela própria internet ou presencialmente, por meio da realização de testes em centros da Pearson, ao custo de 89 dólares.

Os 19 cursos ofertados abrangem áreas de ciências da computação, matemática, física, estatística, inteligência artificial e negócios. Em 2012, 460 mil usuários realizaram 975 mil inscrições, com origem principalmente nos Estados Unidos, Brasil e Canadá. A taxa de conclusão dos cursos varia de 5 a 14%. Seu sucesso, em comparação a outras iniciativas de MOOCs, é atribuído ao reconhecimento de professores acadêmicos que ministram as aulas online e à exposição que potenciais empreendedores podem ter ao mercado por meio da plataforma.

No Brasil, os MOOCs estão se popularizando e começam a surgir iniciativas locais como vídeo aulas da Universidade de São Paulo disponibilizadas na plataforma E-aulas. Cresce também a oferta de cursos com conteúdos em português, a exemplo do App Inventor, ofertado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e disponibilizado pela plataforma UnX , que ensina a desenvolver aplicativos para celulares. A inovação aponta para mudança no mercado no sentido de maior interatividade e uso de plataformas online na educação formal e informal e nos processos de recrutamento de talentos. Todavia, apesar de 48% dos brasileiros já estarem conectados à internet (Ibope Media, 2012), o acesso à banda larga ainda é limitado.