A pesquisa Empreendedorismo no Brasil 2013 é realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBPQ) e o Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com o apoio do Sebrae.
A edição revela que praticamente 40 milhões de brasileiros estão empreendendo, demonstrando a importância econômica e social do tema e a necessidade de ações governamentais ou não governamentais para sua consolidação. O Brasil ocupa a quarta posição no ranking em número absoluto de empreendedores, atrás da China, Índia e Nigéria.
A amostra traz 68 países pesquisados, com cobertura de 75% da população e 89% do PIB global. O Brasil é considerado pela pesquisa um país em transição entre um modelo orientado da eficiência para a inovação. Em relação às nove condições chaves para empreender, o Brasil apresenta um quadro acima da média da América Latina e Caribe em todos os itens, à exceção dos impostos/regulamentação e infraestrutura física, itens também verificados como hiato em relação à média total dos países pesquisados.
A população economicamente ativa (TEA) no Brasil é estimada em 123 milhões de indivíduos entre 18 e 64 anos. Em relação aos empreendimentos, 21 milhões (17,1%) são iniciais (17ª posição no ranking GEM) e 19 milhões (15,5%) estão estabelecidos (8ª posição – GEM). Tais percentuais são superiores à média mundial de 7,9% e 6,7%, respectivamente.
A faixa etária com a maior taxa de empreendedores (TEA) é a de 25 a 34 anos (21,9%), seguida pela faixa etária de 35 a 44 anos (19,9%). No grupo empreendedores iniciais, essas faixas etárias representam percentual de 33,1% e 25,8% do universo, respectivamente.
Essas taxas são diferentes no caso do empreendedorismo estabelecido. No Brasil, a maior incidência de empreendedores estabelecidos ocorre na faixa entre 45 a 54 anos (24,3%), seguida das faixas de 35-44 anos e 55-64 anos ambas acima de 18,5%.
Sonho de empreender – Em 2013, mais de 80% dos entrevistados no Brasil consideraram que abrir um negócio é uma opção desejável de carreira. Tal constatação coloca o Brasil na sexta posição no ranking global da pesquisa neste quesito.
Se elencarmos os principais sonhos dos brasileiros, a prioridade emerge com a aquisição da casa própria, com 45,2%; viajar pelo Brasil, com 42,5%; e logo após, ter seu próprio negócio, com 34,6% das opiniões.
Nota-se que a atividade empreendedora como carreira é fundamental para o desenvolvimento do empreendedorismo, mas também é importante que essa opção esteja relacionada ao empreendedorismo por oportunidade e não por necessidade, já constatado por dados da pesquisa, com elevação da razão oportunidade/necessidade de 2,3 (2012) para 2,5 (2013).
Outro dado da pesquisa que merece destaque refere-se à participação feminina nos empreendimentos iniciais no Brasil (participação de 52,2%). Comparativamente aos outros países, o Brasil situa-se em 12º lugar junto com países como Colômbia, Panamá e Tailândia. O empreendedorismo vem sendo uma opção de carreira e renda para as mulheres brasileiras.
Com relação à taxa de empreendedores masculinos e femininos iniciais por necessidade, o Brasil apresenta em 2013 média superior à regional e global e muito próximas às regionais para oportunidades. A Noruega é o destaque para empreendedorismo masculino para oportunidade; e Líbia, Singapura e Suíça para o feminino neste quesito.
Serviço
Publicação: Empreendedorismo no Brasil 2013 (Português – PDF)
Fonte: GEM
Autores: Eva Stal, Mariano de Matos Macedo e Tales Andreassi
Ano: 2013