OTT – proteção à transferência de conhecimento

Escritórios vinculados a universidades norte-americanas que facilitam a transferência de inovações resultantes da pesquisa universitária para a indústria e a sociedade

Nos Estados Unidos, muitos centros de pesquisa e pequenos negócios eram desmotivados a inovar devido à falta de proteção que suas patentes teriam uma vez que chegasse à indústria. Devido a esse cenário, foi firmada parceria entre os Escritórios de Transferência de Tecnologia (OTT – Office of Technology Transfer) e os Centros de Desenvolvimento de Pequenos Negócios (SBDC – Small Business Development Center) com a função de proteger a propriedade intelectual de invenções resultantes da pesquisa universitária no momento de sua transferência à indústria e posterior difusão na sociedade, por meio da concessão de licenças. A proteção proporcionada estimulou as instituições a se envolverem com os processos de transferência do conhecimento tecnológico acadêmico para o segmento produtivo.

Nome: OTT – proteção à transferência de conhecimento

Proponentes: Centros de Desenvolvimento de Pequenos Negócios (SBDC – Small Business Development Center)

Setor/Segmento: Multissetorial

Contexto Geográfico: Estados Unidos

Referência Temporal: 1980

Proteger a propriedade intelectual de invenções resultantes da pesquisa universitária, no momento de sua transferência à indústria e posterior difusão na sociedade, por meio da concessão de licenças.

A Agência Norte-Americana para os Pequenos Negócios (SBA – Small Business Administration) subsidia 50% dos custos de projetos de pesquisa e define o orçamento para cada centro de pesquisa, de acordo com a população do distrito servido, além de manter critérios definidos para análise de empréstimos e para apoio técnico. Os Centros de Desenvolvimento de Pequenos Negócios (SBDC – Small Business Development Centers), por sua vez, apoiam os OTT no desenvolvimento de estudos de mercado para novas tecnologias, trabalhando diretamente com o corpo docente para determinar se as pesquisas têm perspectivas viáveis de comercialização. Além disso, em parceria, realizam cursos de capacitação com o objetivo de difundir a cultura do empreendedorismo e da inovação para a academia.

Em 1980, nos EUA, apenas 20 universidades possuíam escritórios de transferência de tecnologia. Em 1990, passaram a ser 200 e, dez anos depois, todas as universidades americanas com atividades de pesquisa possuíam escritório de licenciamento e de transferência de tecnologia (COLYVAS et al., 2002, p. 01).

Políticas de defesa da propriedade intelectual configuram importante incentivo à extensão tecnológica, facilitando a transferência de tecnologia e o estreitamento do relacionamento entre universidades e empresas privadas. No Brasil, iniciativa similar foi implementada com a Lei da Inovação, que criou os Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT).