Cerca de metade da comida produzida no mundo a cada ano vai para o lixo. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (Fao), o atual desperdício alimentar nos países industrializados ascende a 1,3 mil milhões de toneladas por ano, suficientes para alimentar as cerca de 925 milhões de pessoas que todos os dias passam fome. Este desperdício tem consequências não apenas éticas, mas também ambientais, já que envolve o gasto desnecessário dos recursos usados na sua produção (como terrenos, energia e água) e a emissão de dióxido de carbono e metano resultante da decomposição dos alimentos que não são consumidos.
A cooperativa Fruta Feia surge da necessidade de inverter tais tendências de normalização de frutas e legumes que nada têm a ver com questões de segurança e de qualidade alimentar. Este projeto visa combater uma ineficiência de mercado, criando um mercado alternativo para frutas e hortaliças “feias” que consiga alterar padrões de consumo. Um mercado que gere valor para os agricultores e consumidores e combata tanto o desperdício alimentar, como o gasto desnecessário dos recursos utilizados na sua produção.
Nome: Fruta Feia – redução do descarte de frutas e legumes de qualidade
Proponente: Cooperativa Fruta Feia
Setor/Segmento: Alimentos/Agronegócios
Contexto Geográfico: Portugal
Referência Temporal: 2013
Fomentar o consumo de frutas e legumes que estão próprios para o consumo, mas não conseguem ser vendido por estarem com a aparência danificada ou fora dos padrões estéticos impostos pelo mercado europeu.
Semanalmente, produtores colhem de suas hortas ou pomares alimentos danificados ou com alguma deformação e que por isso não conseguem ser vendidos no mercado europeu, mas que são consumidos pelos cooperados a menor custo e com menos desperdícios.
Desde o início do projeto, 55 toneladas de frutas fora do padrão foram comercializadas.
O modelo de negócios oferecido pela Fruta Feia pode ser aplicado ao Brasil já que o país encontra-se entre os maiores produtores de frutas do mundo. Além disso, devido a suas dimensões continentais práticas, é possível realizar a uma melhor distribuição dessa produção que não é aceita por grandes redes de supermercados. Gera também uma oportunidade para o micro e pequeno produtor, pois este pode vender uma maior parcela de sua produção, que antes era recusada e acabava sendo desperdiçada. Todos os dias aproximadamente 40 mil toneladas de alimentos são desperdiçados no Brasil e esse projeto poderia auxiliar na diminuição desse desperdício.
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