A iniciativa demonstra o potencial de economia energética no setor hoteleiro e formas de explorar este potencial, com impactos positivos para proprietários e hóspedes, assim como para o meio ambiente e, consequentemente, para a sociedade. Empreendimentos remodelados servem como exemplo dos investimentos necessários e benefícios gerados.
Prática: Check-in de Eficiência Energética: Otimização Energética em Hotéis e Pousadas (Check-in Energy Efficiency: Energy Optimisation in Hotels & Accommodation)
Instituições:
- Proponente: Agência Alemã de Energia (DENA)
- Executora: Agência Alemã de Energia (DENA)
- Parceiras: Ministério para Assuntos Econômicos e Energia (BMWi), DAIKIN Airconditioning Germany GmbH, Viessmann Werke GmbH & Co., Ministério para o Ambiente, a Conservação da Natureza, a Construção e a Segurança Nuclear (BMUB), KfW Group e Escritório Federal de Controle Econômico e das Exportações (BAFA).
Público-alvo: Hotéis e pousadas
Escopo Geográfico: Alemanha
Referência Temporal: 2014-2017
O uso ineficiente ou irracional de energia por parte de hotéis e pousadas gera elevados custos que impactam negativamente na lucratividade de hotéis e pousadas.
Com vistas a aumentar a eficiência energética e contribuir para sustentabilidade e a competitividade desses empreendimentos, a Agência Alemã de Energia (DENA) lançou o Projeto “Eficiência energética em hotéis e pousadas”.
O projeto tem como objetivos:
- Implementar reformas energeticamente eficientes;
- Demonstrar para os proprietários os resultados da economia obtida;
- Mostrar para os hóspedes os benefícios gerados para seu próprio conforto e segurança, bem como para o meio ambiente.
- Conectar iniciativas existentes e as partes interessadas;
- Reduzir as emissões de CO2.
Primeiramente, perito em eficiência energética realiza diagnóstico e elabora plano de reforma específico para cada empreendimento, descrevendo ações necessárias para as acomodações tornarem-se energeticamente eficientes, tais como investimentos em equipamentos e treinamento de pessoal, com diminuição de custos e aumento do conforto e da segurança para hospedes, além de contribuir para a proteção climática.
Os proprietários, então, começam a realizar as medidas recomendadas, que podem ser realizadas concomitantemente ou em sequência, de acordo com o escopo das medidas recomendadas e da disponibilidade física e financeiras dos estabelecimentos.
Ao término, é realizada análise científica do consumo de energia pelo Projeto de Construção de Energia Otimizada (ENOB) e avaliados os resultados.
Com esse projeto, é esperada economia final de 30 a 50 por cento do consumo energético, dependendo da condição energética do edifício antes de reforma.
Além disso, as propriedades remodeladas tornam-se hotéis-conceito que podem servir de exemplo e inspiração.
Com a crise energética, seria de grande aplicabilidade no Brasil prática como a exercida pela DENA. Estima-se que o segmento hoteleiro possa obter economia energética de 30% a 80% com o emprego de sistemas para gerenciar o consumo de energia e de água. O governo federal tem série de políticas públicas, com destaque para o Programa Nacional de Eficiência Energética, instituído em 2011. Suas diretrizes encontram-se no documento Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, Serviços e Públicos, que contempla hotéis e pousadas de todos os tamanhos, e estabelece série de critérios para a parte externa dos prédios, iluminação e condicionamento de ar. Além da redução dos custos com energia, a iniciativa iria contribuir para a redução de impactos ambientais.