Fira – apoio a pequenos negócios para uma agricultura inovadora, racional e sustentável

Fundos para o desenvolvimento rural, agropecuário, florestal e pesqueiro pela oferta de créditos, garantias, capacitações, assistências técnicas e transferências tecnológicas

Os Fundos Fiduciários para a Agricultura (FIRA – Fideicomisos Instituidos en Relación con la Agricultura) são compostos por quadro fundos públicos constituídos desde 1954 pelo Governo Mexicano. Instituídos pela Secretaria de Fazenda e Crédito Público, e garantidos pelo Banco do México, operam como banco de segundo, com patrimônio próprio, disponibilizando recursos por meio de diversos intermediários financeiros, tais como bancos, sociedades financeiras e cooperativas.

O financiamento é associado com processos de transferência de tecnologias que permitem induzir o aproveitamento sustentável dos recursos, bem como a modernização, o desenvolvimento, a produtividade e a competitividade dos setores agroalimentares e rural do México. Esses processos se desenvolvem por meio de capacitações e assessorias e são realizadas nos Centros de Desenvolvimento Tecnológico (CDT), que visam à adoção de novas tecnologias e melhores práticas para acelerar e incrementar a eficiência do desenvolvimento rural.

Nome: Fundos Fiduciários para o Desenvolvimento Rural (FIRA – Fideicomisos Instituidos en Relación con la Agricultura)

Proponente: Governo do México (por meio da Secretaria de Fazenda e Crédito Público e do Banco do México,)

Setor/Segmento: Agricultura

Contexto Geográfico: México

Referência Temporal: 2003

A falta de prestação de serviços de desenvolvimento tecnológico voltados aos pequenos negócios, principalmente aos relacionados ao setor rural, é alta na América Latina. Esses pequenos produtores rurais sofrem com a carência de uma cultura de inovação e com os custos elevados de adoção de tecnologias sustentáveis que permitam uma modernização continuada no campo.

As fontes de geração de tecnologia agrícola, de origem pública e privada, em geral possuem alto nível de produção, mas não correspondido em seu processo de transferência e absorção por parte dos produtores, aumentando o desafio da modernização tecnológica do setor rural. Nesta constatação, sugere-se que os Centros de Desenvolvimento Tecnológicos (CDT) venham cobrir esta lacuna, viabilizando técnica e financeiramente a implementação de tecnologias.

Trata-se de programa de apoio composto por conjunto de ações, entre elas:

  • Apoio Financeiro;
  • Serviços de Capacitação;
  • Serviços de Demonstração;
  • Serviços de Assistência Técnica.

Resultados qualitativos gerais alcançados:

  1. Prevenção da deterioração ambiental, conservando os recursos mais importantes: água e solo.
  2. Incremento da rentabilidade das empresas mediante a implementação de sistemas de produção poupadores de recursos, redutores de custos e impulsionadores de rendimentos, aumentando assim a maior competitividade dos negócios.
  3. Fortalecimento das competências e estruturas técnico-operativas que atendam a pequenos e médios produtores, tanto de negócios como de intermediários financeiros.

Esta experiência, passível de replicação, tem como premissas alguns pontos importantes para o desenvolvimento e melhoramento dos níveis de produtividade e impacto:

  1. O êxito do apoio tecnológico depende da disposição à inovação de um segmento tradicionalmente conservador e da disponibilidade de recursos dos mesmos para realizar investimentos em uma nova tecnologia.
  2. É fundamental a sinergia de todos os componentes para potencializar os impactos do programa.
  3. Soluções tecnológicas e ferramentas de crédito conjugados geram sinergias e externalidades positivas ao programa. Isoladamente possuem alcance restrito.
  4. A adoção de propostas de extensão tecnológica é fortemente vinculada à pré-existência dos CDTs, neste caso, apesar de usar outros canais de transferência tecnológica.

Baixe aqui o resumo da “Prática” no formato PDF

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