Brixton Energy – cooperativismo e energia sustentável

Cooperativa de energia renovável de região ao sul de Londres que desenvolve projetos de aproveitamento de espaços coletivos para geração de energia solar, por meio de parcerias e de financiamento via oferta de ações comunitárias

Há algum tempo, a região de Brixton, ao sul de Londres, percebia a necessidade de aumentar a segurança e a flexibilidade energética, bem como gerar empregos locais.

Diante desse cenário, foi criada, em 2012, a Brixton Energy – Power to, for and by the people, cooperativa de energia renovável que busca otimizar o aproveitamento da infraestrutura urbana comunitária ao instalar painéis solares em prédios e espaços comunitários, gerando energia que é distribuída pela rede elétrica e, assim, promovendo a sustentabilidade energética da região. Sua viabilidade é possível devido ao estabelecimento de sólidas parcerias e à obtenção de recursos via financiamento participativo.

Nome: Brixton Energy – cooperativismo e energia sustentável

Proponente: Brixton Energy

Setor/Segmento: Energia Renovável

Contexto Geográfico: Reino Unido

Referência Temporal: desde 2012

A necessidade de se aumentar a segurança e a flexibilidade energética, bem como gerar empregos locais, deu origem à prática.

1. Estabelecimento de parcerias para determinar local de instalação de painéis solares em espaços comunitários;

2. Arrecadação de recursos via oferta de ações comunitárias. Os investidores recebem retorno anual de 3% e podem solicitar dedução de impostos;

3. Instalação de painéis solares em construções locais;

4. Distribuição da energia gerada para espaços comuns e para a rede elétrica, priorizando o fornecimento para locais de maior demanda;

5. Reinvestimento de parte dos recursos gerados em projetos para aumentar a eficiência produtiva do negócio e dos usuários locais.

Em 2012, o modelo foi reconhecido como iniciativa de habitação sustentável pelo Prêmio de Habitações Sustentáveis (Sustainable Housing Awards) e selecionado entre os 100 melhores projetos inovadores de infraestrutura urbana no mundo, além de estar presente na publicação Infraestrutura 100: Edição Cidades Mundiais (Infrastructure 100: World Cities Edition).

O Brasil precisa de 3.500 megawatts médios novos a cada ano. Até 2030, o sistema elétrico terá que ser mais que duplicado. Nesse contexto, a energia solar surge como alternativa para aumentar a segurança energética e abastecer comunidades locais distantes. Ações no país incluem parcerias entre associações e produtores rurais, pela concessão de linhas de crédito para aquisição dos painéis, que são utilizados em suas residências. Ações regulatórias também ampliam a atratividade da energia solar, a exemplo do Sistema de Compensação de Energia Elétrica, adotado via resolução de 2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que permite que o saldo positivo de energia gerada pelos painéis solares de uma residência seja utilizado para abater o consumo em outro posto tarifário ou na fatura do mês subsequente.